quinta-feira, 9 de junho de 2011

anotações meio doidas sobre palestra de sérgio sant'anna (junho de 89, leblon)

[é o que ouvi e anotei. versão  livre de uma fala do sérgio. maravilhoso sérgio. sem garantia de fidedignidade]

Em principio seria para falar de Senhorita Simpson.

Percurso de uma geração.

O que leva uma pessoa a escrever.

Estou com 47 anos. Olho para trás.
Ver a vida.
Retorno.

Com Senhorita Simpson começamos a misturar com geração 68, quando a gente.
Resistência política + percepção estética nova.

Falhou: realismo socialista brasileiro.
Reproduzimos no seu discurso artístico a linguagem do poder.
[até hoje estes escritores se entendem com os generais]

A revolução deles não era a minha
queria viver uma nova realidade
que não era do romance regionalista de 1930

Eramos pessoas que queriam viver a vida.
Apesar de toda repressão era uma época muito libertária em termos pessoais e artísticos.
Zero, do Loyola, rompia com tudo.

Os anos 60 foram tesantes.

Uma nova política terá necessariamente que passar por uma nova linguagem.

Sobre Ralfo: romance de um cara que não sabe escrever romance.
Escrevi bebendo Oswald de Andrade.

Relação falhas/intensidade
Se pintou na sua cabeça com muita força, faça! O resultado a gente vê depois.

Minha literatura está muito ligada as artes plásticas.

Equacionar o universo de uma forma nova.
Como Bob Wilson (teatro).

Qual será a liberdade da década de 90?


 *****

Senhorita Simpson. O pai sou eu. O filho é mais André. [dito para mim depois da palestra].

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